ABI emite nota oficial sobre o comportamento do presidente Jair Bolsonaro com jornalista

22/06/2021 01:21:17

Em Guaratinguetá (SP), após evento na Aeronáutica nesta segunda (21), o presidente Jair Bolsonaro(sem partido) atacou jornalistas, tirou a máscara de uso obrigatório para evitar a transmissão contra covid-19 e afirmou que cuida da sua própria vida. Ele também iniciou uma série de ataques aos profissionais de imprensa.

Tudo isso porque ele foi perguntado sobre multa aplicada a ele pelo governo paulista pelo comparecimento a um passeio com motociclistas, dia 12 de junho. O presidente se irritou e pediu que fizessem “perguntas decentes”. Após outra indagação, sobre Santas Casas, Bolsonaro insultou uma profissional, da TV Vanguarda, afiliada da Rede Globo.

A Associação Brasileira de Imprensa saiu em defesa dos seus profissionais e emitiu uma nota sobre o acontecido.

Descontrolado, perturbado, louco, exaltado, irritadiço, irascível, amalucado, alucinado, desvairado, enlouquecido, tresloucado. Qualquer uma destas expressões poderia ser usada para classificar o comportamento do presidente Jair Bolsonaro nesta segunda-feira, insultando jornalistas da TV Globo e da CNN.

Com seu destempero, Bolsonaro mostrou ter sentido profundamente o golpe representado pelas manifestações do último sábado. Elas desnudaram o crescente isolamento de seu governo.

Que o presidente nunca apreciou uma imprensa livre e crítica, é mais do que sabido. Mas, a cada dia, ele vai subindo o tom perigosamente. Pouco falta para que agrida fisicamente algum jornalista.

Seu comportamento chega a enfraquecer o movimento antimanicomial – movimento progressista e com conteúdo profundamente humanitário. Já há quem se pergunte como um cidadão com tamanho desequilíbrio pode andar por aí pelas ruas.

Mas a situação é ainda mais grave: esse cidadão é presidente de um país com a importância do Brasil. Diante da rejeição crescente a seu governo, Bolsonaro prepara uma saída autoritária e, mesmo a um ano e meio da eleição, tenta desacreditar o sistema eleitoral. Seu objetivo é acumular forças para a não aceitação de um revés em outubro de 2022.

É preciso que os democratas estejam alertas e mobilizados. Diante desse quadro, com a autoridade de seus 113 anos de luta pela democracia, a ABI reitera sua posição a favor do impeachment do presidente. E reafirma que, decididamente, ele não tem condições de governar o Brasil.

Outra solução – até melhor, porque mais rápida – seria que ele se retirasse voluntariamente.

Então, renuncie, presidente!

Paulo Jeronimo
Presidente da ABI

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